No cultivo dos citros, a queda dos frutos é tudo o que mais queremos evitar. A produção, tanto para a indústria, quanto para a mesa necessita que os frutos estejam na planta e que tenham uma boa sanidade.
No entanto, a queda dos frutos cítricos ocorre inevitavelmente e são vários os motivos que podem causar a queda. É claro que, dependendo da causa, a queda pode ser diminuída. E fruto no pé, é mais lucratividade para o produtor.
Queda natural e causada por fatores climáticos
É preciso saber que ocorre uma queda natural de frutos. As laranjeiras, por exemplo, têm uma florada abundante e podem produzir até 10 mil flores na florada principal. Mas, a grande maioria dos frutinhos recém formados é derrubada. Quando os frutos atingirem 2 centímetros, também é comum que haja outra derriça, chamada de queda fisiológica dos frutos.
Além da queda fisiológica fatores climáticos também podem ser responsáveis pela derrubada dos frutos. A temperatura, seca prolongada, ventos, chuvas fortes e duradouras e alagamentos são fatores que muitas vezes não podem ser controlados e que podem diminuir a produtividade.
Quedas causadas por doenças
A cultura dos citros é constantemente submetida a diferentes doenças. Desde os primeiros anos da cultura, as doenças causam prejuízos ao cultivo. Na fase produtiva das plantas, algumas doenças, além de provocarem sintomas que reduzem a produção, podem causar ainda mais danos pela alta queda de frutos que provocam.
SAIBA MAIS
Quais as principais doenças que afetam os citros no Brasil?
Vamos falar um pouco sobre três doenças importantes que provocam grande queda: A podridão floral, causada pelo fungo Colletotrichum acutatum, o cancro cítrico, que é causado pela bactéria Xanthomonas citri e o greening (Candidatus Liberibacter spp.), hoje, a doença que mais causa prejuízos na citricultura.
Podridão floral
Uma das principais doenças fúngicas dos citros é a podridão floral. Causada pelo fungo Colletotrichum acutatum, popularmente conhecida como ‘estrelinha’, causa prejuízos antes mesmo das flores produzirem os frutos.
O fungo infecta as flores e provoca o “apodrecimento” das pétalas, que apresentam manchas de coloração marrom ou alaranjado. Mesmo antes da abertura das flores o fungo pode se instalar nas flores, impedindo que ocorra a fecundação e desenvolvimento dos frutos.
Também pode infectar após a fecundação, fazendo com que os frutos recém-formados caiam, deixando expostos os discos basais e o cálice da flor (parte verde da flor, em formato de estrela), daí o nome popular da doença.
Além da queda, as estrelinhas podem ficar aderidas ao ramo por até 18 meses. Nesse período, esse ramo não floresce, prejudicando a florada seguinte.
A doença atinge os pomares após longos períodos de chuvas, e que a umidade relativa do ar esteja acima dos 90%. Principalmente quando durar mais que 48 horas e se repetir durante a fase de florescimento das plantas.
Essa doença atinge quase a totalidade das variedades de laranja doce plantadas. O seu controle principal é feito com o uso de fungicidas, a mistura de fungicidas pertencentes aos grupos das estrobilurinas e dos triazóis tem se mostrado mais eficiente.
Cancro cítrico
O cancro cítrico já foi uma das doenças que mais causou prejuízos para a citricultura. Hoje tem voltado a estar presente nos pomares e causando muitas perdas produtivas. O cancro cítrico é causado pela bactéria Xanthomonas citri subsp. citri, que é disseminada pelo vento, chuva e maquinários e implementos agrícolas.
Seus sintomas principais são a presença de lesões salientes nas folhas e frutos da planta, de cor em tons de marrom. Além disso, as lesões apresentam halos amarelados, e podem aparecer tanto nas folhas, ramos e frutos.
Dependendo da intensidade dos sintomas e da localização das lesões do cancro, os frutos caem da planta em grande número. A época de contaminação também influencia nesse fator. Quando frutos jovens são contaminados, a probabilidade de queda é maior. Frutos maiores que 45 milímetros, tem menores chances de serem contaminados.
O controle preventivo do cancro cítrico é mais eficiente. Além da aplicação de cobre como um agente de controle, práticas de manejo também são necessárias no manejo da doença. O uso de mudas sadias, quebra-ventos nos pomares e o controle do minador dos citros (Phyllocnistis citrella) são práticas importantes no controle da doença.
Greening
O greening (Huanglongbing -HLB) é a principal e mais severa doença da citricultura atual. Causada pela bactéria Candidatus Liberibacter spp., a bactéria é transmitida pelo psilídeo, um inseto que se alimenta no floema da planta, adquire a bactéria e a transmite na sua próxima alimentação.
SAIBA MAIS
Os sintomas da doença ocorrem nas primeiramente nas folhas, que apresentam um amarelecimento desuniforme, e inicialmente concentrado em um ramo ou região da planta. Com o avanço da doença, os sintomas de clorose podem se espalhar por toda a planta.
Nos frutos, os primeiros sintomas são a deformação dos frutos, com abortamento das sementes e principalmente uma queda intensa dos frutos. Essa queda é responsável pela perda severa da produtividade e lucratividade da produção.
Os prejuízos estão estimados, em média, na casa dos 50 milhões de reais, anualmente. Além de outras perdas causadas pela redução das exportações.
Atualmente o controle da doença é feito por meio do manejo das plantas infectadas e aplicação de inseticidas para o controle do psilídeo. Além disso, é necessário o uso de mudas de qualidade e a manutenção do vigor da planta, usando fertilizantes como aliados.
Queda de frutos causada por desbalanço nutricional
Sabemos que a adubação é essencial para a boa produtividade. Quando não é feita de maneira correta e não é eficiente, e a planta não consegue segurar os frutos. Alguns nutrientes são essenciais, e precisam ter um teor correto na planta para que os frutos não sejam derriçados.
A falta de fósforo (P), por exemplo provoca casca com espessura aumentada e columela oca. Isso resulta em diminuindo na produção e os frutos, em tamanho reduzido.
A deficiência de potássio (K) também causa danos nos frutos cítricos. provocando grandes rachaduras nos frutos, devido a espessura da casca ficar mais fina. O mesmo sintoma de rachadura ocorre quando o cálcio se encontra em deficiência, diminuindo a produtividade do pomar.
O boro (B) um micronutriente que atua na fertilização das flores, sendo diretamente importante na quantidade de frutos da planta. O zinco (Zn) pode diminuir o número e tamanho dos frutos, pois ele atua nos reguladores de crescimento da planta, responsáveis pela elongação dos internódios.
Para contornar esses problemas, a adubação foliar é uma grande aliada na diminuição desses sintomas. Ela atua de forma mais rápida e objetiva, fornecendo os nutrientes para a planta no momento de maior necessidade.
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Ao falarmos de adubação foliar para citros, é inevitável recomendarmos o uso do BLEND 255, fertilizante inovador lançado pela Amazon AgroSciences, mesma fabricante do GRANBLACK. Composto por microelementos à base de nitratos quelatizados com EDTA, aminoácidos e extrato de algas marinhas (do gênero Ascophyllum Nodosum), o BLEND 255 é um fertilizante que penetra rapidamente na planta, repondo a falta de microelementos e proporcionando frutas mais doces e de cor mais viva. Faz com que a planta não tenha microelementos como fator limitante (em falta), tão comum em citros. Conheça agora mesmo o BLEND 255!