Monitoramento do psilídeo: eficaz no manejo do greening

08/07/2020
Monitoramento do psilídeo: eficaz no manejo do greening

Monitorar o psilídeo é um manejo necessário, que precisa ser rotineiro.

O monitoramento do psilídeo é uma das práticas que compõe o manejo e controle do greening. O psilídeo (Diaphorina citri) é uma das principais pragas dos pomares. O inseto transmite o greening (ou HLB), a doença que mais causa danos na citricultura.

O greening é uma doença que ataca todas as espécies de citros e está espalhada pelas grandes regiões produtoras do Brasil e em outros países produtores. Atualmente, não existe cura para essa doença, que é causada por um complexo de bactérias (Candidatus Liberibacter spp). 

Porém, práticas de manejo precisam ser realizadas, principalmente no controle do vetor. Entre essas práticas, o monitoramento do psilídeo mostra ao produtor como está o pomar, e se o controle está sendo efetivo.

Controle do psilídeo e monitoramento do pomar

A aplicação de defensivos para o manejo do greening impacta no custo de produção. Não só no preço do produto, como também no custo de hora-homem e de hora-máquina que, dependendo do número de aplicações, podem diminuir o lucro líquido do produtor.

Além disso, frequentes aplicações de inseticidas químicos, sem a alternância de modo de ação, favorecem a aparecimento de populações de insetos resistentes. Podendo também prejudicar a eficiência de controle dos inimigos naturais.

Por isso, ter informações sobre o seu pomar e sobre a população de insetos é essencial. Utilizar o monitoramento de psilídeo junto com a inspeção do pomar se torna uma peça chave no manejo do greening.

O monitoramento do psilídeo consiste em colocar armadilhas, em pontos estratégicos do pomar, para que os insetos sejam capturados. Depois de um tempo, as armadilhas são recolhidas e é feita a contagem dos insetos. A partir do número de psilídeos encontrados é analisada como está a eficiência de controle dos psilídeos. 

Já a inspeção, é um monitoramento visual, onde pessoas treinadas andam pelos talhões do pomar identificando a presença do inseto e sua quantidade. Os dados colhidos pelos “pragueiros”, juntamente com os da armadilha, apresentam um panorama geral do controle fitossanitário da plantação.

Armadilhas para o monitoramento

As armadilhas amarelas adesivas são as mais utilizadas para o monitoramento do psilídeo. Os insetos são atraídos pela cor da armadilha, e ficam grudados em uma cola especial que contém no cartão. 

Essas armadilhas devem ser colocadas na parte alta da planta (no terço superior), e com a parte adesiva para fora do talhão. É importante colocar as armadilhas em locais com possíveis focos de migração dos psilídeos. Locais perto de pomares abandonados e com plantas hospedeiras, como citros e murta, principalmente.

A distribuição precisa ser feita em toda a borda do talhão, uma armadilha deve ser colocada a cada 100-250 metros. A contagem e avaliação das armadilhas precisam ser feitas semanalmente, e a troca dos cartões a cada 15 dias.

Inspeção do pomar

Além do uso de armadilhas, é preciso também haver inspeções visuais periódicas. O número de plantas monitoradas precisa ser de 1% do total do talhão. Em cada planta são avaliados de 3 a 5 ramos, de preferência com brotações novas.

A inspeção precisa ser feita em todo o talhão, da borda para o centro, e sempre em zigue-zague. Se forem plantas adultas, normalmente utiliza-se também a plataforma acoplada ao trator. Isso serve para que toda a planta seja monitorada.

Também é importante identificar a presença de ninfas e ovos, além dos psilídeos adultos. Quando se faz uso do controle biológico do psilídeo, pela vespinha Tamarixia radiata, é necessário se atentar à presença de ninfas mumificadas, observando se o controle biológico é eficaz.

Diferente de outras pragas, não há um nível de dano para o controle do psilídeo. Um único inseto pode infectar inúmeras plantas e o controle necessita ser realizado. Na época de brotações a atenção precisa ser redobrada. 

Mesmo não estando em todos os estados brasileiros, o inseto pode migrar não só para pomares vizinho, como também para distâncias mais longas, por meio de massas de ar.

Psilídeo e greening na região sul do Brasil

Atualmente os estados que mais sofrem com a presença do greening são, São Paulo e Minas Gerais. O estado do Paraná também apresenta a doença em algumas regiões.

Porém, nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, foi identificada a presença do psilídeo, no entanto, a doença não está presente na região. Em Chapecó-SC, o inseto está presente desde 2004, já no RS, o psilídeo foi identificado em 2008.

Atualmente, tem sido feito um monitoramento mais acentuado nesses estados, principalmente em regiões de fronteira com outros países que já apresentam a doença. Os pomares são vistoriados em busca de plantas com sintomas típicos do greening e também é feito um levantamento da presença da D. citri nos pomares.

As armadilhas amarelas adesivas também são peça fundamental nesse momento. Os insetos são capturados, e testes moleculares são realizados para examinar se há a presença, ou não da bactéria. Essa metodologia é mais rápida e de mais fácil identificação, comparando-se a avaliação dos sintomas iniciais do greening.

Os produtores de citros nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul são a maioria pequenos e médios produtores, onde, a presença da doença poderia levar a erradicação total dos pomares. Para evitar isso, além do monitoramento do psilídeo, outras práticas de manejo precisam ser realizadas de forma constante.

Outras práticas de manejo do greening

Como ainda não há cura para o greening, além do monitoramento, é necessário utilizar outras práticas de manejo no pomar. 

  • Atenção às bordas do pomar, que é por onde os psilídeos entram;
  • Controle do psilídeo. Uso de controle químico e do controle biológico;
  • Plantio de mudas sadias. Mudas certificadas, livres de doenças;
  • Erradicação de plantas sintomáticas;
  • Planta com a nutrição equilibrada.

Porém, a tecnologia no desenvolvimento de produtos está alinhada nesse manejo. Ajudando na melhoria do fitness da planta, e podendo diminuir os estresses causados pela doença, o GRANBLACK é seu aliado no manejo do greening. Para saber mais sobre essa ferramenta revolucionária, assista a live com os especialistas no produto.

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